quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lucidez equilibrada


«(...), não concordo nada com acabar com as polícias ou uni-las. As Forças Armadas têm três ramos e cada um tem a sua identidade e não abdica dela, mas fazemos operações em conjunto. Então porque é que na segurança interna não se faz o mesmo? Porque é que um secretário-geral da Segurança Interna não tem um poder face às polícias idêntico ao que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas tem face aos três ramos? Isso é possível, nós até podemos ensinar-lhes como se faz. A Judiciária existe com certa finalidade que não é a mesma da GNR nem do SEF nem da PSP. Todas foram criadas para coisas distintas e cada uma tem identidade própria. Se acabarem com isso, acabam com parte da eficácia delas, não tenho dúvida nenhuma».
Tenente-general, Loureiro dos Santos, res., In, Jornal I, 13 Agosto de 2011. pp. 30-31.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crise - Londres - 2011


A propósito dos recentes acontecimentos londrinos e a visível rotura do equilíbrio existente entre cidadãos e o poder político, fico com a sensação que um novo conflito é uma possibilidade iminente.
Considerando o modo de desenvolvimento das crises, caracterizada por três fases, vislumbramos a existência de desafio e de confronto, no entanto falta a resolução
Não creio, pela informação disponível, que exista um compromisso aceite por ambas as partes,  até porque ainda falta a resolução das questões criminais, que poderá levar ao reinicio do ciclo, novo desafio.
"O fim da crise não significa necessariamente o fim da hostilidade entre as partes. Significa, isso sim, que se essa hostilidade persistir se situará num plano diverso do ponto de partida". Qual? Aguardemos!


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Serviço Militar Obrigatório


No próximo dia 18 de Agosto perfaz 25 anos (1986) que transpus, obrigado, os portões do «calhau» de Mafra para ingressar na Escola Prática de Infantaria.
A obrigatoriedade de cumprir o Serviço Militar (SMO), no Curso Geral de Milicianos (CGM), fez com que só abandonasse Mafra uns dias antes do Natal, após terminado o Curso de Oficiais Milicianos (COM).
Lembro esta efeméride a propósito dos tristes acontecimentos que actualmente ocorrem nos arredores de Londres e que ameaçam alastrar a outras grandes urbes inglesas. Dei comigo a pensar na falta de perspectivas daqueles agregados de jovens desordeiros, crianças feitas marginais da noite inglesa, elas que deveriam estar em casa na companhia das suas famílias.
Tudo isto me trouxe as imagens do meu SMO, no quanto me custou ingressar em Mafra, após ter andado um ano a laurear a pevide, mas reflecti sobretudo nas vantagens que este período teve na passagem da minha juventude à idade adulta, no tal rito de passagem, que na altura tanto se apregoava.
Hoje concordo que a tropa do meu tempo representava uma escola de valores morais, de patriotismo, de hábitos de disciplina, de autoridade e cadeia de comando, sentido de responsabilidade e de luta pelos interesses da comunidade geral, do elogio da camaradagem (lembro a celebre frase, “colegas são as putas”).
O serviço militar obrigatório era uma verdadeira escola de formação pessoal e cívica.
Confesso que os acontecimentos de Londres me fizeram matutar nestas questões: terá o fim do serviço militar obrigatório contribuído para esta falta de valores e de expectativas de vida futura que estes jovens ostentam nas suas arruaceiras atitudes? Com o fim do SMO, que decorreu da lógica dos tempos, não teremos entrado no caminho do facilitismo?
Claro que hoje não há condições, nem eu proclamo, o regresso do serviço militar obrigatório, mas interrogo-me se o mesmo existisse os jovens ingleses andariam naquele alvoroço a destruir a propriedade alheia.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Gravatas e aventais


Não consegui resistir à tentação de divulgar o artigo de Helena Matos "gravatas e aventais", publicado no jornal Público de ontem, e que por impossibilidade de acesso remeto para o blog "Do Médio Oriente e afins".
Não emito qualquer opinião para não dizerem que sou má língua...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Secretos

A propósito de serviços secretos, Nuno Rogeiro, na sua crónica semanal na revista Sábado, discorre sobre o tema, com autoridade reconhecida e lança uma proposta no final: "Por outro lado, pareceria correcto formalizar, de uma vez por todas, a área das informações criminais, que teriam sempre como parâmetro uma possível resolução em tribunal e que deveriam permanecer no âmbito da entidade com provas dadas, a PJ".
Por sinal e não há muito tempo defendi o mesmo conceito, no local próprio.

Vida nova

Por razões "inexplicáveis" fiquei sem acesso ao «Palácio do Torel».
Como diz o ditado, quem não tem cão caça com gato, e aqui estou eu com o «Palacete do Torel».
Espero que este se aguente por muitos e bons dias...