Na última década tenho assistido, na Polícia Judiciária, a uma vivência caracterizada por diversos alvoroços, nem sempre perceptíveis e/ou compreensíveis, sem que vislumbre qualquer tendência para se revitalizar o antigo esplendor utilizando a sua própria energia interna, que assenta fundamentalmente nas pessoas que aqui labutam.
A minha perplexidade, perante tal apatia, assenta no modo como se tem, ou não, lidado com as emoções dos investigadores, questão primordial para impedir que a organização derrape para uma situação imprecisa, assente em tácticas de guerrilha, que poderão, a prazo, minar a confiança e a credibilidade na instituição.
Como se aprende nas lições de gestão, o trabalho é uma experiência inerentemente emocional. As emoções são um factor intrínseco da natureza humana e não podem ser artificialmente segregadas entre a vida pessoal (onde os sentimentos são permitidos) e a actividade profissional (onde a lógica racional é preferida).
Assim sendo, as emoções devem ser encaradas como uma parte integral da adaptação e receptividade dos processos de mudança. São as emoções que geram insatisfação com o actual estado de coisas quando uma pessoa compara desfavoravelmente a nova realidade com as suas expectativas anteriores, convicção tão presente na PJ.
Perante tudo isto o meu pedido é simples.
Considerando a actual realidade da Polícia Judiciária anseio, entusiasticamente, que a Direcção Nacional (seja ela liderada por um polícia ou um magistrado) e a ASFIC/PJ se empenhem numa aproximação cordial, de modo a que os objectivos comuns possam vir a ser alcançados, de uma vez por todas.
O actual comportamento de abstracção em nada contribui e estimula a mudança que tanto ansiamos.
A propósito: parabéns à PJ.
Parabéns pela lucidez, Carlos Costa. É isso mesmo a nossa Casa merece que eles se entendam, mas não sei o Garcia, controlado por aquele gente, tem margem de manobra.
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